20 dezembro 2013

O PROFETA AMÓS

                                                                                                                                                   Rogério Adriano Pinto
 
INTRODUÇÃO
 
O profeta Amós exerceu o seu ministério em Israel no século VIII a.C., e foi contemporâneo de Jonas e Oséias. Ele revela quatro fatos importantes a respeito de si mesmo em 1.1:
(1) Era boieiro e cultivador de sicômoros em Tecoa, aldeia de Judá, situada a cerca de 20 km ao sul de Jerusalém (ver 7.14).
(2) Ele "via" suas mensagens (i.e., tinha visões proféticas; cf. 7.1,4,7; 8.1,2; 9.1) a respeito de Israel, o Reino do Norte. Embora fosse leigo e não tivesse o status de profeta, nem por isso deixou de ser chamado por Deus para profetizar à rebelde Israel (cf.7.14,15). Seu nome significa "carregado" ou "carregador de fardos".
(3) O ministério de Amós, em Israel, foi desempenhado durante o reinado de Uzias, em Judá, e Jeroboão II, em Samaria. O reinado de ambos coincide com o período que vai de 767 - 753 a.C. O mais provável é que Amós tenha profetizado entre 760-755 a.C.
(4) Ele profetizou durante os dois anos que antecederam o terremoto. A arqueologia apresenta diversas evidências que provam a ocorrência de um terremoto de grandes proporções, nesse período, em várias localidades de Israel, inclusive Samaria. Passados duzentos anos, Zacarias faria menção ao mesmo terremoto (Zc 14.5), fornecendo-nos mais um indício da enormidade da catástrofe. A referência ao cataclismo por Amós sugere que o profeta o considerava uma confirmação da sua mensagem e ministério proféticos em Israel (cf. 9.1).
Durante o ministério de Amós, o Reino do Norte achava-se em seu apogeu quanto à expansão territorial, à paz política e à prosperidade nacional. Internamente, porém, estava podre. A idolatria encontrava-se em voga. A sociedade esbanjavase à procura dos prazeres. A hipocrisia e a imoralidade grassavam. O sistema judiciário corrompia-se cada vez mais, e a opressão aos pobres tornara-se lugarcomum. Obedecendo à vocação do Deus de Israel, Amós proclama corajosamente a sua mensagem centrada na justiça, retidão e retribuição divina. Mas o povo, infelizmente, não queria ouvir o que o Senhor tinha a dizer-lhe.
 
1. SITUAÇÃO POLÍTICA, ECONÔMICA E ESPIRITUAL DE ISRAEL
 
Uzias de Judá e Jerobõao II, de Israel (ambos reinaram no mesmo período), desfrutaram da paz e prosperidade. Os inimigos militares estavam quietos ou haviam sido esmagados. A Assíria havia derrotado a Síria, permitindo que Jeroboão II ampliasse suas fronteiras (II Rs. 14.25). O comercio trouxe novo surto de riquezas. Tanto Judá (ao sul), quanto Israel, ao norte, cresceram, e o reino de Israel combinado com o de Judá chegou a Ter quase as mesmas dimensões que tiver na época de Davi e Salomão, a era áurea de Israel. Embora a Assíria tivesse se tornado uma ameaça militar, sob o governo de Tiglate-Pileser III (745-727 a. ),qualquer ameaça vinda daquela direção parecia remota àqueles que descansavam na prosperidade de Israel.
Sucedeu que a prosperidade material como é usual, provocou suas corrupções sociais e religiosas. A vida fácil estava debilitando moralmente o povo (Am. 2.6-8; 5.11,12). Amós sentiu ser necessário denunciar a vida de luxo, a idolatria e a depravação moral do povo, advertindo sobre o julgamento e o cativeiro final. A adoração do Baal cananeu foi adotado no culto de Israel. A prostituição ritual fazia parte desse culto. Alcoolismo, violência, grosseria, sensualidade e idolatria eramconstantes. Israel participava dessa corrupção (Am. 4.4,5 e 5.5), corrompendo totalmente o ideal do monoteísmo. A degradação geral degenerou para a injustiça judicial, onde os ricos exploravam os pobres, produzindo um virtual estado escravocrata.
A opressão contra os pobres era intensa (Am. 2.6 ss.), os famintos eram deixados famintos (Am.2.6 e 8.6), os agiotas exploravam suas vitimas (Am. 5.11ss. e 8.4-6). A religião não era negligenciada, mas havia sido pervertida (Am.3.4;4.4 e 7.9). O julgamento divino era iminente.
 
2. A PESSOA DO PROFETA
 
Amós nasceu em Tecoa, aldeia a dez quilômetros ao sul de Belém. Era pastor sem treinamento teológico, acerca de quem nada sabemos até o momento de sua chamada. Também trabalhava como cultivador de sicômoros (Am. 7.14). Migrava em certo período do ano para o território mais fértil de Efraim, onde trabalhava com os sicômoros. Portanto era um leigo, humilde e seminômade, e não um membro da classe profética, tendo-se recusado a ser chamado de profeta, embora admitindo Ter sido forçado a entrar no ministério profético, por comissão divina.
Em uma série de visões, provavelmente no fim da primavera ou verão de 751 ou 750 a.C. , ele recebeu sua espantosa mensagem concernente a deportação do povo de Israel. Foi acusado de conspiração contra Jeroboão e foi ameaçado por Amazias, sumo sacerdote de Betel. Após Ter cumprido sua missão, Amós retornou a Judá. Permanecem desconhecidos o tempo e a maneira de sua morte, bem como quaisquer detalhes subsequentes de sua vida.
 
3. A MENSAGEM DO PROFETA
 
a) O conceito de Deus. Amós tinha um elevado conceito de Deus, Deus é o criador (4.13), além de ser o sustentador da criação (4.8; 9.6). Deus julga e castiga o pecado sob a forma de fome (4.6-11), ou confere a abundância (9.13). Deus controla os destinos dos povos (1.5). Ele é o Juiz e determinado das leis morais, considerando os homens responsáveis por seus atos (1.3-2.3).
b) A lei moral. Amós deixou claro que nenhuma formalidade, rito cerimonia, festividade ou qualquer outro fator, pode substituir a moralidade básicas. Se os homens não seguirem as implicações dessa verdade, terão de enfrentar o julgamento (5.27). Deus ameaça os ímpios (9.1). Ele denuncia a injustiça social (2.6-8; 4.1ss. e 6.1ss.) .
c) Arrependimento. Esse é o objetivo colimado das profecias condenatórias (5.4,11,15,24).
d) O julgamento não é a palavra final. O profeta encerra com uma promessa de dias mais brilhantes (9. 11-150, dizendo que essa será a obra divina no futuro. Contudo a profecia de Amós foi rejeitada. E suas ameaças tiveram cumprimento cerca de cinqüenta anos depois.
 
4. MENSAGEM CONTEMPORÂNEA
 
Ao lermos o livro de Amós, podemos observar que a conduta do povo israelita não é muito diferente da sociedade em que vivemos hoje. Podemos começar com a extravagância da alta sociedade, com suas festas, roupas e carros luxuosos, enquanto há pessoas que não tem o que comer. Pessoas prejudicam outras por estarem numa posição superior. Outros em busca de lucros em seus negócios, exploram sem escrúpulos seus empregados, parentes, irmãos e vizinhos. Hoje existe a auto-suficiência, ou seja, um viver sem a ajuda de Deus. Vemos também nos países onde existem guerras pessoas são torturadas sem piedade. É tão comum as promessas não serem cumpridas principalmente dos nossos governantes.
Todas essas praticas são resultado de uma religião formalista, a maioria das pessoas dizem ser cristãs, mas só o são dentro das quatro paredes do templo. Oferecem seu culto, fazem suas orações, cantam, mas não passa disso. O que Deus quer é misericórdia e não sacrifícios.
 
5. ESBOÇO
 
Introdução (1.1-2)
I. Oito Oráculos de Julgamentos às Nações (1.3-2.16)
A. Damasco (1.3-5)
B. Gaza (Filístia) (1.6-8)
C. Tiro (Fenícia) (1.9,10)
D. Edom (1.11,12)
E. Amom (1.13-15)
F. Moabe (2.1-3)
G. Judá (2.4,5)
H. Israel (2.6-16)
II. Três Mensagens Proféticas a Israel (3.1-6.14)
A. O Pecado de Israel Torna-o Réu do Juízo Vindouro (3.1-15)
B. A Corrupção de Israel Está em Todos os Níveis (4.1-13)
C. O Justo Castigo de Israel Será a Destruição e o Exílio (5.1-6.14)
1. O Cântico da Morte (5.1-3)
2. Israel Recusa-se a Buscar ao Senhor (5.4-17)
3. A Religião Pervertida de Israel (5.18-27)
4. Repreensão e Ais contra Israel (6.1-14)
III. Cinco Visões da Retribuição Vindoura pelo Pecado (7.1-9.10)
A. Visão dos Gafanhotos Devoradores (7.1-3)
B. Visão do Fogo Consumidor (7.4-6)
C. Visão do Prumo (7.7-9)
D. Parêntese Histórico: Amazias e Seu Castigo (7.10-17)
E. Visão de um Cesto de Frutos de Verão (8.1-14)
F. Visão do Senhor Julgando (9.1-10)
Epílogo: Restauração Futura de Israel (9.11-15)
 
CONCLUSÃO
 
Ao lermos o livro de Amós vemos o reflexo de nossa sociedade. A injustiça social, explorarão da mão de obra etc. O egocentrismo e a indiferença são atacada nesse livro.
Não podemos nos esquecer que Deus nos tirou do mundo, para não cairmos no mesmo erro de Israel e consequentemente sermos condenados. Devemos crescer na graça e no conhecimento como diz Pedro em II Pe. 3.18.
 
BIBLIOGRAFIA
 
SCHULTZ, Samuel J. A história de Israel no Antigo Testamento Ed. Vida Nova SP 1. Edição
CHAMPLIM, Russel Normam. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia Ed.Candeia 3. Edição 1995 São Paulo
RAMPIM, José Domingos . Apostila Profetas Exílicos e Pós Exílicos

16 dezembro 2013


Confie no Senhor de todo o coração e não de apoio na sua própria inteligência. Lembre de Deus em tudo o que fizer, e Ele lhe mostrará o caminho certo.
— Provérbios 3:5-6

09 dezembro 2013

A cruz era minha, os pecados eram meus. Mas Ele tomou meu lugar, se entregou por me amar.

2Co 10: 4 a 6

            Paulo sabia que os coríntios estavam em grave perigo de se afastar do evangelho. A igreja de Corinto precisava expressar lealdade a Cristo demonstrando lealdade a Paulo, o representante de Deus (2Co 5:20 ; 2Co 7:15). Paulo implorava aos coríntios que utilizassem as armas espirituais para lutar contra o Satanás (Lc 11:21).
            Paulo impeliu os a se libertarem das armas que se estabeleceram na mente deles fazendo com que cada pensamento fosse obediente a Cristo. Quando a obediência deles fosse completa, Paulo poderia, com a ajuda deles, punir os falsos apóstolos e aqueles que continuavam a seguir tais enganadores (2Co 10:8)

Referencias Complementares:

(Sl 144; Ef 6:12)

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