O FORTE E O FRACO

_"Nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos. Cada um de nós deve agradar ao seu próximo para o bem dele, a fim de edificá-lo"_ (Romanos 15:1,2).

Há muito tempo atrás, no século passado, fiz uma manobra (treinamento militar) que durou mais de trinta dias. Passamos esse tempo marchando em floresta, dormindo amarrado em árvore, carregando uma mochila de trinta quilos e o fuzil. Um grande desafio que nem todos suportaram. Tive que carregar o fuzil de um colega que "surtou" e queria ficar para trás.

Como a Igreja é uma comunidade de fé, Deus não quer que ninguém seja deixado para trás (1 Timóteo 2:4). O propósito de Deus é que os irmãos tenham um relacionamento saudável (Salmo 133:1), pois "como andarão dois juntos se estiverem de acordo?" (Amós 3:3).

Por essa razão Paulo insiste em orientar o relacionamento entre os irmãos. Os fracos não podem ser motivo de discórdia, nem podem ser deixados para trás, eles devem ser cuidados!

Quando os mais fortes cuidam dos mais fracos, Deus é glorificado. Ao invés de ser ignorado, desprezado ou bulido, o próximo deve ser cuidado.

Para os judeus, o próximo era qualquer pessoa de sua comunidade, ou seja, o próximo era, também, Judeu.

Para Jesus, o próximo é qualquer pessoa, não importando sua nacionalidade, religião, gênero, condição econômica, etc.

Ao responder a pergunta do doutor da lei a respeito de quem seria o próximo a quem ele deveria amar da mesma maneira que amava a si mesmo, Jesus contou a parábola do Bom Samaritano (Lucas 10:25-37).

Para Jesus, o próximo é qualquer pessoa com a qual eu me encontre no dia-a-dia, que tenha uma necessidade.

Jesus nos ensina que amar não é uma abstração, uma teoria ou uma declaração do tipo "eu te amo". Por isso o Samaritano ama: compadecendo do necessitado, se dirigindo à ele, cuidando de suas feridas, colocando-o sobre o seu animal, levando-o para o "hospital", pagando o tratamento e voltando para ver se estava tudo bem.

Suportar as fraquezas dos mais fracos não é uma atitude negativa, é empregar meu tempo e meus recursos para a edificação dele. Na verdade, a necessidade dele deve mudar a minha agenda, deve mudar os meus planos, como fez o bom Samaritano.

_"Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; assim como eu vos amei a vós, que também vós vos ameis uns aos outros"_ (João 13:34).

Foi assim que Jesus nos amou: Ele compadeceu, veio, ensinou, curou, libertou, assumiu nosso lugar na cruz, morreu, ressuscitou e voltará para buscar os remidos!

Em nossa relação com Jesus nós somos os fracos. Jesus é o nosso modelo, Ele nos deu o exemplo.

O FRACO NA FÉ

_"Aceitem o que é fraco na fé, sem discutir assuntos controvertidos"_ (Romanos 14:1).

Ao seu "manual de conduta cristã" Paulo acrescenta agora uma orientação importante para a vida comum da Igreja: acolher o débil na fé.

Nossa atitude para com os outros e, principalmente, com os nossos irmãos que ainda não se fortaleceram deve ter como referência e modelo a mesma atitude de Deus teve (e tem) conosco por meio do seu Filho, Jesus Cristo.

Jesus amou e acolheu o ladrão, a prostituta, a adúltera, o corrupto, o religioso, o rico, o pobre, o saudável e o doente. Jesus lidou com eles não para conduzi-los à morte, mas para levá-los a Deus.

Seguindo os passos de Jesus, Paulo se preocupava com os fracos e, por isso, orientou nossos irmãos Tessalonicenses: "ampareis os fracos" (5:14). Ele também dedicou especial atenção para os irmãos em Corinto:

_"Contudo, tenham cuidado para que o exercício da liberdade de vocês não se torne uma pedra de tropeço para os fracos"_ (1 Coríntios 8:9).

Quem peca contra o fraco, diz Paulo, ferindo a consciência deles, peca contra Cristo (1 Coríntios 8:12).

Deus não quer uma Igreja dividida, por isso Ele declara no Salmo 133: "Como é bom e agradável quando os irmãos convivem em união!" (Salmos 133:1).

A Unidade e a comunhão entre os irmãos somente é possível se entendermos que somos diferentes, se  compreendermos e aceitarmos a diversidade como parte do Reino e da criação de Deus.

Deus não tem preferidos, não faz acepção de pessoas, nele não há judeu, nem grego, escravo ou livre, homem ou mulher; todos somos um em Cristo (Gálatas 3:28).

_"Portanto, não há distinção entre judeus e gentios, pois o mesmo Senhor é Senhor de todos e abençoa ricamente todos os que o invocam"_ (Romanos 10:12).

Não é o seu tempo de Igreja ou na Igreja; não é o ministério ou a pastoral que você está ligado que importa; não são quantas vezes que você frequenta o templo durante a semana ou qualquer outra coisa que o distingue e o coloca como superior ao seu irmão. A relação não é hierárquica e o desejo de Deus é que todos os seus filhos amadureçam e se fortaleçam.

Aquele que já caminhou e entendeu um pouco mais tem um papel importante. Devemos lembrar que "a quem muito foi dado, muito será cobrado" (Lucas 12:48b).

As Vantagens de ser Escolhido de Deus

São muitas as vantagens de sermos escolhidos de Deus e a Salvação é a primeira delas, vamos conhecer algumas delas:

1. Deus conduz seus escolhidos com alegria (Salmos 105: 43);
2. Deus conduz a toda verdade (João 16: 13);
3. Deus faz justiça aos seus (Lucas 18: 7);
4. Deus protege seus escolhidos (Mateus 24: 22);
5. Deus recolherá seus escolhidos (Mateus 24: 31).

Sendo assim, a melhor escolha que uma pessoa pode fazer é escolher Deus e sua vontade. Escolher Deus é uma ação contínua e não negociável. É uma escolha feita por amor e gratidão uma vez que o Senhor já havia nos escolhido antes da fundação do mundo

Quem é Quem na Bíblia Sagrada #01

Jeziel

Um arqueiro ambidestro e habilidoso da tribo de Benjamim, que primeiro lutou no exército de Saul e depois transferiu-se para o grupo do filho de Jessé, em Ziclague, junto com seu irmão Pelete (1 Cr 12: 3). Foi um dos "Trinta" guerreiros valentes de Davi; era filho de Azmavete.

Na mesma passagem, mas adiante, a Bíblia dá a entender que tais homens transferiram sua lealdade ao novo rei, não apenas para estarem do lado vencedor, mas porque o Espírito de Deus operara no coração deles.


Bibliografia: Gardner, Paul - Quem é Quem na Bíblia Sagrada - São Paulo: Editora Vida, 2007.  - 9ª impressão da 1ª ed. de 1999.

Características do Cristão

1) Fé para arriscar:

O Cristão piedoso está pronto para arriscar tudo, tendo em vista a fidelidade de Deus, e aventurar-se no desconhecido.

2) Fé para confiar:

O Cristão piedoso não baseia-se apenas nos fatos concretos, porém vai além dos fatos e chega à fé.

3) Fé para entregar-se:

O Cristão piedoso está pronto para sacrificar todas as coisas que lhe são preciosas a fim de agradar a Deus.
Gn 12:1-20