"Tendo-se levantado alta madrugada, saiu, foi para um lugar deserto e ali orava"_ (Marcos 1:35).
Sempre fico admirado quando leio relatos como este: Jesus se retirando para lugares isolados para orar.
Em razão da identidade do nosso Senhor, concluímos, antecipadamente, que Ele não teria necessidade alguma orar, mas Jesus faz isso com frequência.
Jesus não ora para ser visto, não faz pose ou representa um papel ao orar; nosso Senhor não utiliza palavras difíceis ou linguagem rebuscada; não fica repetindo a mesma coisa, se não há necessidade (vãs repetições):
_"Mas quando você orar, vá para seu quarto, feche a porta e ore a seu Pai, que está no secreto. Então seu Pai, que vê no secreto, o recompensará"_ (Mateus 6:6).
Jesus ora para ter comunhão com o Pai. Assim como nós visitamos a casa de nossos pais e nos alegramos, Jesus ora pelo prazer da companhia com o Pai!
Embora, de uma maneira geral os dicionários apresentem os verbos "rezar" e "orar" como sinônimos, é comum considerar a reza como a repetição de uma oração padronizada e a "oração" como uma "prece" (outro sinônimo) espontânea.
Simplificando, quando rezo utilizo textos padronizados; quando oro, converso, de modo espontâneo e livre com Deus.
O que caracteriza uma oração é que o seu destinatário é sempre Deus. Quando oramos falamos com Deus. Marcos, então, nos diz que Jesus reservava momentos específicos, nos quais normalmente Ele se afastava das pessoas, para conversar com o seu Pai.
Como somos chamados à imitação de Cristo, se desejamos ter uma vida espiritual saudável, devemos reservar um tempo durante o dia para abrir o nosso coração com o nosso Pai Celestial.
Para que esse momento seja produtivo, Jesus nos ensina a não usar de vãs repetições, não orar para sermos vistos e não sermos fingidos (hipócritas).
Mais importante do que a forma, precisamos aprender a ter prazer na oração. Se a oração for prazeirosa, se for um encontro com o Pai, nosso coração vai desejar, ardentemente, esse momento.
-Pr. Rogério Maia
